segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

 



Texto de Gil Canha

Muitas pessoas não sabem, mas em 1939, os Russos também invadiram a Finlândia “à falsa fé”. Para surpresa de todos, os finlandeses resistiram sozinhos ao ataque do “Urso” soviético, e apesar da desproporção gigantesca de forças, cerca de 4 russos para 1 finlandês, os heróis finlandeses causaram uma verdadeira razia no exército do criminoso do Estaline (Putin é um clone desse maldito), que foi obrigado a negociar com o rabo entre as pernas. Na altura os russos também bombardearam as cidades e vilas, mas foram dizimados como tordos nas florestas finlandesas. Muitas das táticas usadas na II Guerra Mundial foram copiadas dos estrategas finlandeses, a mais famosa, foi a invenção do cocktail molotov, que hoje está a ser usado em grande escala pelos resistentes ucranianos. Na minha opinião, as semelhanças entre a guerra Russo-finlandesa de 1939 e a atual invasão da Ucrânia têm semelhanças espantosas. Glória à Ucrânia!


terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

 


Depois da javardice a derrota


 

 

Gil canha

 No rescaldo das últimas eleições legislativas verificámos que todo o país se vestiu de cor-de-rosa com exceção da ilha da Madeira, onde o PSD até reforçou o seu número de votantes.  Muitos questionam-se das razões que levam o PSD/Madeira a ser uma espécie de fortaleza no atlântico, uma “aldeia gaulesa” cercada por Partido Socialista hegemónico. Ora, na minha opinião, a explicação está na desastrosa e funesta administração socialista/cafofiana da Câmara Municipal do Funchal dos últimos 8 anos, aliás, que esteve bem patente na hecatombe socialista das últimas eleições autárquicas.

Em vez do Partido Socialista ´cafofiano´ moralizar e reformar a administração autárquica, tornando-a mais ágil, honesta e próxima dos munícipes, fez precisamente ao contrário, encheu as empresas municipais de uma clientela alarve e abrutalhada, sem quaisquer qualificações ou mérito, toda ela danada em ´sugar´ ao máximo os cofres municipais, e não contentes ainda, fizeram mergulhar a cidade na mais atroz incompetência alguma vez vista, deixando a administração da autarquia nas mãos dum lugar-tenente imbecil, com ares superiores, completamente estranho à urbe, ainda para mais com um esquisito nome espanholado.  E como não tiveram capacidade de motivar os funcionários da autarquia nem criar espírito–de-equipa, a Câmara entrou numa espiral de degradação e ineficiência que levou à exasperação de milhares de munícipes. Então, para dissimular a má-gestão e a bandalheira numa cidade paralisada e esclerosada, apostaram numa desajeitada máquina de propaganda milionária (desviaram milhares de euros da autarquia para a Empresa Diário de Notícias) e venderam-se ao desbarato aos grandes grupos económicos e aos grandes interesses.

E entre comer à mesa com um bando de matarruanos meio asselvajados e embrutecidos, que levam a comida à boca como os antigos australopitecos, e um bando de intrujões, trajando elegantemente uns fraques alaranjados, de boas maneiras, que cortam delicadamente o bife com faca e garfo, - o povo madeirense optou pelos intrujões do costume, seguindo a velha máxima de que “mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube”.


PC Partido do Calhau

 



"Partido do Calhau"


Imagine uma praia de calhau e um livro bilingue editado pelo Partido Comunista Chinês, com as frases sacralizadas do grande obreiro da revolução cultural chinesa de 1957 - Mao Tse-Tung, cujo principal legado, foi ter aniquilado à volta de 77 milhões de seres humanos.

Captei esta foto no ano passado. Foi numa epifania auto-induzida. Poder-se-á perguntar: mas o que faz um indivíduo na praia a ler aquilo em 2021?? Só pode ter um "calhau" dentro da cabeça. Acertaram. Eu também leio as publicações do "Avante", mas nos últimos anos deixei-me disso, pois a luta amoleceu em Portugal. Tenho esperança que a partir das últimas eleições aquilo "acorde". Daí ter escolhido «The Quotations From Chairman Mao Tse-Tung». É muito interessante e recomendo. Sente-se aquele friozinho na coluna tal como sentiu o Dr. Alan Grant (interpretado pelo ator Sam Neil), quando viu o enorme dinossauro na Ilha Nublar próximo da Costa Rica, no filme Parque Jurássico, realizado em 1993 por Steven Spielberg. O mundo ali retratado é fascinante no livro, mas tenebroso quando transposto para a vida real. O Comunismo é isso.

O "conhecimento" já ocupou mais espaço do que agora. Basta vermos o tamanho dos primeiros computadores comparativamente aos nossos telefones que hoje têm muito mais capacidades de processamento de informação. Mas, a nossa capacidade de conhecimento, experiência, etc, basicamente mantém-se inalterável, pelo menos desde o tempo em que tenho consciência. Podemos ter mais ou menos memória, mas pela nossa experiência de tentativa e erro, vamos aprendendo empiricamente. Nas diversas latitudes onde o Marxismo-Leninismo foi aplicado, o desenvolvimento não foi assim nada de extraordinário. Pelo menos dentro da semântica do conceito dado como consensual do que é comummente entendido o étimo "desenvolvimento".

Normalmente sempre foi através de revoluções sangrentas e de desapropriação ilegítima dos bens de produção que se colocaram em prática estas ideologias. E isso em favor duma pseuda-colectivização dos mesmos, mediante por exemplo, de uma execução em massa de latifundiários. Trocou-se uma ditadura de concentração de recursos duma sociedade estratificada, por uma outra ditadura, a do proletariado, que é muito mais ideológica do que funcional. Aliás, basta observarmos todas as experiências nas várias latitudes onde se ensaiou e ainda se ensaiam estas ideias. Têm padrões de ausência de democraticidade que se observa no deserto das oposições que são ferreamente condicionadas, e onde a liberdade de imprensa e opinião simplesmente não existem, além de que os índices de perceção de corrupção que minam transversalmente o Estado.

Por isso quando ouço alguém (legitimamente) defender e professar estas ideias, mais do apetecer "atirar um calhau", vislumbro como uma miragem um enorme "calhau" no lugar das suas cabeças. Se estas ideologias vingassem em Portugal no PREC (Processo Revolucionário em Curso) de 1974/75 e fôssemos apenas um país satélite da ex-União Soviética na Península Ibérica, (tal como os restantes estados da antiga cortina de ferro e do Pacto de Varsóvia), gostaria de ver se a oposição teria as mesmas oportunidades da democracia, assim como teve o PCP e outros camaradas afins.

O meu partido do calhau, fica mesmo pela praia, contudo sempre revisitado, para que eu me relembre do arquétipo que abomino. Sou militantemente um anti-comunista primário. A foice e o martelo ficam ficam bem numa exposição etnográfica.


terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Cair e Reerguer.

 


Cair e reerguer...



A "Fénix Renascida" é uma catarse retomada por alguns seguidores do saudoso jornalista e amigo Luís Calisto e da sua "Fénix do Atlântico", que foi durante alguns anos uma referência da blogosfera regional.

A "pena" da fénix do Calisto era sedosa e inatingível dada  a sua sensibilidade e técnica estilística. E essa sua inspiração continua presente, com o olhar desperto da cidadania, tentaremos sempre reerguer a Fénix que há em todos nós, por maiores que sejam os desafios que nos coloquem.

As cinzas da pequena ave mitológica, não são o seu fim. Pelo contrário. Constituem a energia e o combustível em que a ave se recompõe, para materializar as suas façanhas e lutas no cada vez mais necessário e urgente despertar de consciências. Estamos por vezes adormecidos sem disso nos darmos conta. É sempre necessário e possível nos reerguermos, renascermos e reconstruir-nos. Temos todos um pouco daquela ave imortal dentro de nós. Logo, havemos de ter o poder e faculdade de superar dificuldades.

Os povos antigos de muitas civilizações, conceberam aves e figuras que abundavam o céu distante e inexplicável nas suas mágicas cogitações. A história da humanidade é de constante luta e superação. Ainda que muitos de nós tombemos, limitados pela nossa efémera biologia, semeamos o ciclo da continuidade, e assim enquanto espécie, renascemos a cada geração, acumulando conhecimento e assim fintando a finitude particular de cada indivíduo, mas amplificando o destino coletivo.

A Madeira e o seu povo já superou imensa dificuldade e provação, tal como os demais povos. Renascemos dos vários ciclos económicos desde que aportámos nestas ilhas e continuamos a semear a portugalidade, a "atlanticidade", em suma, a nossa autenticidade de ilhéus ultraperiféricos. Tivemos os ciclos do açúcar, do vinho e do advento da autonomia democrática. No seio da Nação complexada com o perdido império, vivemos há três décadas o ciclo da Europa que timidamente converge e diverge à medida que os contribuintes mais endinheirados dessa manta de retalhos, abrem mais ou menos, o porta-moedas da coesão.

Vamos continuar a renascer, porque "de entre a rocha dura se lavrou a terra". Sempre. Fazemos aqui Portugal assinalada que é a nossa presença. Somos um Portugal que se fechou nas últimas décadas ao mar, mas as suas ilhas prolongam a dimensão atlântica do pequeno retângulo na denominada extensão da plataforma marítima. Sabe-se lá, que riquezas se escondem afogadas por essas profundezas abissais. Quem é ilhéu tem a sensibilidade do fascínio do mar. Do mar que condiciona e nos prende. Do mar que nos incita a sair. Do mar porta de entrada. Do mar dos desencontros e despedidas. Porra, o mar é belo! Amplifica-nos muito além da ténue linha do horizonte retilíneo. O mar sempre foi um chão comum dos inícios das conexões da globalização. Foi um palco épico de histórias de superação. De Fénixes a derrotarem Adamastores. Somos desta terra de heróis. De Ulisses mediterrânicos e de portugueses atlânticos. O nosso destino comum é renascer. Do pó do chão ou do pote de cinzas de matéria imolada, porém viva. 

Donato Macedo

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